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Estive Lá – Patagônia Argentina e Chilena: Ushuaia e Torres del Paine

novembro 23, 2012 in Estive Lá, Todos os Posts

Por Claudine Blanco.

Neste relato vou apresentar para vocês um dos lugares mais lindos que já estive em minha vida: a Patagônia!

Meu roteiro começa por Ushuaia, na Argentina, cidade considerada a mais austral do planeta e, por muitos, apelidada de “fim do mundo”. Ela é uma cidade encantadora, localizada à beira do canal de Beagle, com paisagens deslumbrantes ao seu redor, nas montanhas, lagos e bosques que a cercam, tornando-a cheia de atrativos para quem a visita tanto no verão quanto no inverno Read the rest of this entry →

Descubra – Entenda a Patagônia

janeiro 13, 2012 in Descubra, Todos os Posts

Por Natália Viana.

“É pouco provável imaginar algo mais belo que estes lugares.” – Foram as palavras do famoso naturalista inglês Charles Darwin, em 1833, ao visitar a Patagônia.

A Patagônia é uma jóia localizada no sul da América do Sul, que abrange quase um terço dos territórios do Chile e da Argentina. São cerca de 800 mil quilômetros quadrados de território rico em belezas naturais pouco exploradas, de atmosfera inóspita e misteriosa.

Devido à sua enorme extensão, muitas pessoas ficam em dúvida sobre “onde começa e onde termina a Patagônia”. Para contribuir com a confusão, muitas agências de viagem ignoram a geografia e denominam como Patagônia apenas sua porção mais austral, onde ficam os famosos ‘glaciares’. Assim, muitos desconhecem, por exemplo, que a Região dos Lagos também faz parte da Patagônia.

Por isso, vim convidá-los a ‘descobrir’ a Patagônia, a entender suas divisões, subdivisões, contrastes e particularidades. Read the rest of this entry →

Estive Lá – Atacama: Difícil imaginar que um deserto pode ser colorido? Pois acredite, ele é!

janeiro 4, 2012 in Estive Lá, Todos os Posts

Por Claudine Blanco

Eu estive no Deserto do Atacama – no Norte do Chile – em fevereiro, mês de verão, com mais três amigas, em mais uma de nossas aventuras mundo a fora. É um destino bom para ir o ano todo e é uma viagem que dá para fazer em poucos dias (no mínimo 4), mas que com certeza vai pedir um replay, pois o Atacama oferece uma infinidade de opções de passeios. Então, se você quiser ficar por lá dez dias, durante todo esse período terá coisas diferentes e interessantes para fazer.

Tinha idéia de que seria uma viagem maravilhosa, pois já havia recebido muitos feedbacks de clientes que voltaram encantados, mas confesso que fui completamente surpreendida. O deserto mostrou-se infinitamente mais belo e colorido do que eu imaginara.

Logo que chegamos ao aeroporto de Calama, nosso guia estava à espera para iniciarmos o trajeto até San Pedro de Atacama (aproximadamente 1 hora de viagem – 100km), nossa cidadela-base para conhecer o Deserto. Como teríamos apenas cinco dias de viagem, chegando a San Pedro, passamos no nosso hotel, o Explora, apenas para deixar as malas e já saímos para nosso primeiro passeio, um city tour guiado.

Os passeios no Atacama dividem-se em duas categorias, half day (meio dia) e full day (dia todo). Como teríamos pouco tempo de viagem, nos dias em que optamos por fazer passeios half day, escolhemos dois por dia, para poder aproveitar ao máximo.

Como alguns passeios vão para locais muito altos, optamos por começar com alguns mais tranquilos, sem bruscas variações de altitude, para podermos nos ambientar e não sofrer o “soroche” (mal da altitude).

 

Ainda no primeiro dia, após o city tour, seguimos para o Salar de Atacama…

…onde está a Reserva Nacional los Flamencos, área protegida que apresenta enormes blocos de sal e lagoas salgadas repletas de flamingos – aliás, lá é onde eles se encontram em maior concentração no Deserto. (leia aqui post sobre a melhor época para avistar os flamingos)

Na sequência, contemplamos indiscutivelmente um dos mais lindos pores-do-sol que eu já presenciei. Diante daquela paisagem deslumbrante, as cores foram surgindo à minha frente, do mais tenro lilás até chegar ao laranja-avermelhado do sol, sempre em contraste com aquele céu azul imenso e tão próximo de nós. Pensei: “Nossa… Essa viagem vai ser incrível!”

 

No dia seguinte, pela manhã, fomos conhecer o Valle de la Muerte:

Pela manhã saímos com a van do hotel até a parte mais alta do vale, onde desembarcamos e começamos nossa caminhada pelo platô. Nem preciso dizer que a paisagem era de tirar o fôlego: em cima daquele abismo o céu parecia mais próximo ainda e era admirável ver aquelas formações que a natureza se encarregou de providenciar. Quando chegamos ao final do platô, já me preparava para voltar pelo mesmo caminho, quando nosso guia apontou para baixo e comunicou – Desceremos por aqui! – Olhei para abaixo e a altura era de mais ou menos uns 10 andares. Pensei, “vamos lá…”, torcendo para não rolar pelas dunas de areia.

À tarde, optamos por fazer um passeio a cavalo, que passava próximo ao centro da pequena cidade. Confesso que cavalos não são o meu forte… Mas a paisagem compensou o sacrifício!

 

À noite…

…uma das coisas mais legais que podemos fazer no Deserto do Atacama é observar o céu, considerado um dos mais límpidos do mundo. Na cidade são oferecidas opções de tours de observação astronômica, mas no hotel Explora dispomos de seu observatório próprio, exclusivo para os hóspedes. É possível observar crateras na Lua, os anéis de Saturno, acúmulo de estrelas, galáxias e outras maravilhas do universo.

 

No terceiro dia, conhecemos o Salar de Tara:

Esse é um passeio full day, que chega a uma altitude aproximada de 4.700m. A primeira parte do caminho é toda asfaltada e com paisagens belíssimas. São impressionantes os tons de areia que, mais uma vez contrastando com o céu azul, colorem esse deserto, com a imagem de um imponente vulcão ao fundo.

Um fato interessante sobre San Pedro de Atacama é que de todos os lugares que você estiver pode avistar o Licancabur, um vulcão considerado semi-ativo, que tem quase 6.000m de altura, com o pico nevado, onde os amantes de trekking podem subir (são 2 dias de caminhada).

Chegamos à parte de terra e passamos por mais paisagens deslumbrantes, até chegar à beira de uma lagoa bem rasa, tomada por tons de verde. Enquanto avistávamos alguns flamingos e vicunhas, nosso guia nos serviu um dos mais charmosos almoços que já tive – regado, obviamente, a um excelente vinho chileno.

 

No quarto dia, pela manhã, optamos por fazer um mini trekking em Guatin

…uma trilha em meio a cactos gigantes, que margeiam um pequeno riacho. É considerada de nível médio, porque tem alguns trechos que são um pouco complicados de passar, tendo inclusive que tirar os sapatos para realizar algumas partes da travessia por água.

 

 

 

Na volta, passamos pelas Termas de Puritama:

Lá pudemos nos banhar nas tão famosas “águas calientes”, com direito a um piquenique na hora do almoço.

À tarde, dando continuidade a nossa diversão aquática, só que dessa vez em “águas não tão calientes”, fomos conhecer a Laguna Cejar, que é tão salgada que não se pode afundar nela, como no mar morto. Parecíamos crianças!

Nessa noite, optamos por jantar na cidade e conhecer o tão famoso Café Adobe, parada obrigatória para quem visita San Pedro de Atacama.

 

No último dia não poderíamos deixar de conhecer os Geisers del Tatio:

Esse é o mais distante da cidade e o mais cansativo, pois temos que sair de madrugada para chegar lá antes do nascer do sol, para podermos ter a melhor vista dos jatos d’água que atingem maior altura neste horário.

Quando chegamos lá tinha acabado de parar de nevar. Imagine o que não era aquela paisagem, toda coberta de neve, com aquelas nuvens de vapor em meio a pequenas piscinas que esguichavam aquele jato quente. Difícil descrever a particularidade do lugar e o frio que eu sentia. Mais difícil ainda acreditar, é que houve pessoas que foram capazes de tirar a roupa e entrar em umas das piscinas termais permitidas para banho.

Uma coisa bem engraçada é que enquanto nos dirigíamos a umas das várias passarelas que podemos transitar pelos gêiseres, vejo nosso guia colocar algumas garrafas dentro de uma dessas piscinas. Na volta ele retirou essas garrafas e, enquanto eu tentava me aquecer, torcendo para não congelar a ponta dos meus dedos, ele as abriu e nos serviu um chocolate quente (aquecido pelas águas termais!), que eu quase chorei de alegria ao tomar.

 

De volta à cidade…

…no caminho paramos para conhecer um povoado chamado Machuca, parada obrigatória para quem tem interesse em conhecer os hábitos e costumes das 40 famílias que vivem ali.

De volta ao hotel, já começou a bater aquela tristeza, pois a viagem estava chegando ao fim e ainda havia tantos passeios a fazer… Então estava decido, eu iria voltar em breve!

Deserto do Atacama é o tipo do lugar que nos surpreende e nos encanta. Aquele que quando agente volta para casa quer contar para todos os amigos, mostrar as milhares de fotos e convencer todo mundo a mudar o próximo destino de férias, porque é simplesmente extraordinário.

 

Para informações sobre pacotes de viagem para o Atacama acesse:

http://www.viabrturismo.com.br/pacotesinternacionais/chile/desertodoatacama.shtml

JANEIRO: Espetáculo dos flamingos no Deserto do Atacama (Chile)

novembro 25, 2011 in Quando Viajar, Todos os Posts

por Natália Viana.

Flamingos no Atacama

O que lhe vem à cabeça quando pensa em uma viagem para o deserto?

O Atacama quebra todos os paradigmas de que desertos são lugares de paisagens monótonas e repetitivas. Com o céu azul o ano inteiro, e extremamente estrelado à noite, é dotado de uma riqueza de cores que confere às suas paisagens aparência de pintura a óleo: lagoas azuis, vegetação dourada e picos nevados ao fundo são ornados por uma nuance especial, o rosa dos flamingos.

Embora o Deserto do Atacama tenha atrativos para qualquer época do ano, quem quer viajar especialmente para contemplar esses notórios habitantes, deve optar pelo mês de janeiro, quando eles encontram-se mais abundantes e ainda podem proporcionar uma surpresa, o espetáculo conhecido como “dança de cortejo” ou “marcha nupcial”, que objetiva o encontro do par ideal para a reprodução. Em grupos de 30 a 150 aves, machos e fêmeas juntos, com o pescoço estirado em direção ao céu, giram a cabeça energicamente de um lado para outro e realizam uma marcha quase que sincronizada, movendo-se de maneira fantástica. Um particular grasnido acompanha seus passos, ditando o ritmo da ‘dança’.  Confira o vídeo!

Para que você possa observar os flamingos de acordo com os princípios de sustentabilidade e não prejudicar a reprodução dessa bela espécie em risco de extinção, pedimos que considere o seguinte:

- Só explore a área acompanhado por um guia de turismo qualificado.

- Para não perturbar as aves, fique em silêncio, não faça movimentos bruscos e mantenha-se a uma boa distância. Para facilitar a observação, use binóculos.

- Procure vestir-se com cores similares a terra em vez de cores muito chamativas, para que possa passar despercebido.

- Eleja apenas um ou dois locais/lagos de sal para observar as aves. Assim, contribui para que o impacto negativo sobre seu habitat se mantenha baixo.

Quer saber mais sobre os outros atrativos do Deserto do Atacama? Confira na sessão “Estive Lá” o relato de viagem da Claudine Blanco.

Para informações sobre pacotes de viagem acesse:

http://www.viabrturismo.com.br/pacotesinternacionais/chile/desertodoatacama.shtml

Acontece – Deserto de Atacama se enche de flores na primavera

novembro 18, 2011 in Acontece, Todos os Posts

Saiu na Folha:

 

Mulher tira fotos em carpete de flores no Atacama - Fonte: www.telegraph.co.uk

 

Considerado o mais árido do planeta, o deserto de Atacama, no norte do Chile, é invadido nessa época do ano pelo colorido das flores, apresentando uma paisagem espetacular e inesperada.

Os flancos de uma montanha, com o cume escondido pela névoa, parecem a princípio cobertos de neve. Na realidade, é um impressionnante tapete de flores brancas que se estendem a perder de vista. Na medida em que se avança, o branco passa ao amarelo, depois ao azul, ao vermelho, ao laranja.

O caminho que leva ao parque Llanos de Challe, nas portas do deserto de Atacama, a 600 km de Santiago, está cheio de cores. Por todos os lugares, as flores emergem da areia, invadem os cáctus, penduram-se nas rochas.

Os mecanismos que tornam o “deserto florido” são quase desconhecidos. Sabe-se que El Niño, o fenômeno climático que varre o litoral do Pacífico da América do Sul a cada 6 ou 7 anos, traz as chuvas necessárias para a germinação de bulbos e rizomas, que podem permanecer latentes durante décadas.

“É um ano excepcional, choveu mais de 50 milímetros. As flores começam a crescer a partir de 15 mm por ano, mas neste ano todas as espécies brotaram”, explica Carla Louit, diretora do parque.

Flores cobrem parte do parque nacional Llanos de Challe, na entrada do deserto de Atacama, no Chile

O volume das chuvas é importante, mas não é tudo. É preciso ainda que aconteçam em intervalos regulares, nem muito fortes nem muito esparsas, e que as geadas não venham a interromper a germinação durante o inverno austral.

Se essas condições forem reunidas, o deserto florido pode durar de setembro a dezembro.

“A última vez que houve tantas flores foi em 1989. A partir daí houve algumas floradas, mas não como a de agora”, maravilha-se o padre Lucio, sacerdote de uma aldeia vizinha e botânico amador.

O parque nacional foi criado em 1994 para proteger esse ecossistema da intensa atividade mineira na região.

“Temos mais de 200 espécies de flores endêmicas, que não crescem em nenhum outro lugar do mundo, entre elas 14 em risco de extinção”, explica Yohan, um guarda do parque, que lamenta as práticas de alguns visitantes.

“Há gente que arranca as plantas para levar para casa mas, evidentemente, elas não vão crescer lá. E quando se arranca um bulbo, ele está perdido para o deserto”.

Isso ameaça os mais raros, como o da emblemática ‘Garra de Leão’ (Leontochir Ovallei), uma grande flor vermelha que faz lembrar o rododendro, e que marca o apogeu do “deserto florido”.

'Garra de Leão' (Leontochir Ovallei)

Flores no deserto de Atacama; entre as mais de 200 espécies de flores do deserto, 14 correm risco de extinção

“Ela é a última a dar flores porque seus bulbos são enterrados muito profundamente, por isso é preciso muita água para fazê-la sair”, explica o padre Lucio.

Faltam os meios para a vigilância do parque – atualmente são “cinco guardas em turnos para mais de 45 mil hectares”, comenta Louit. Segundo ela, o parque trabalha com a sensibilização dos visitantes logo na entrada, e realiza sessões de educação ambiental para grupos estudantis.

Mas o deserto florido ainda é desconhecido.

“Existem poucos estudos completos sobre ele”, explica. “Não há recursos disponíveis para estudar um fenômeno tão esporádico”.

Além disso, há poucos meios para promover o turismo. Este ano, apenas 1.200 chilenos e 64 turistas estrangeiros visitaram o parque.

“Como a floração pode se antecipar meses antes, é difícil ter os turistas estrangeiros como alvo”, lamenta Louit.

Você encontra a matéria na íntegra no link: http://www1.folha.uol.com.br/turismo/1003765-deserto-de-atacama-se-enche-de-flores-na-primavera.shtml