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Estive Lá – Chapada Diamantina em alto estilo e com crianças!

março 20, 2012 in Estive Lá, Todos os Posts

por Claudine Blanco

Para quem gosta de curtir a natureza sem abrir mão do conforto, quer sossego, ”desconectar” os filhos para curtir momentos especiais com a família e ainda de quebra comer muitíssimo bem, esse é o lugar!

Uma terra de gente simpática, repleta de cachoeiras de tirar o fôlego, piscinas naturais, grutas, cavernas e paisagens para lá de espetaculares são os ingredientes que farão parte dessa aventura num dos mais belos Parques Nacionais do Brasil.

A viagem começa a partir de Salvador, que hoje conta com dois vôos semanais da Trip até a cidade de Lençóis (50 minutos). Essa pequena cidade, com seus casarios do século 19, é o portal da Chapada Diamantina, sendo onde fica a maior parte dos hotéis, pousadas e restaurantes. A cidade concentra ao longo do ano diversas atividades culturais, festa tradicionais, shows e o famoso Festival de Lençóis.

Desembarquei com meus dois filhos – de 9 e 6 anos – e um casal de amigos. Tínhamos grande expectativa sobre como seria passar uma semana em um lugar tão distinto de nosso dia a dia, fazendo trilhas, nadando em rios e cachoeiras e vivenciando toda aquela natureza abundante. Ao mesmo tempo, estava um pouco receosa a respeito de como seria para as crianças essa aventura. Será que eles iriam dar conta de fazer as caminhadas? Quais as situações de perigo que poderíamos enfrentar? Grandes alturas, cobras, aranhas? Acho que todo tipo de receio que toda mãe da geração “shopping center” poderia ter, eu tive… Mas, guardei todos junto com a bagagem, e lá estávamos nós.

    

Ficamos hospedados no Hotel Canto das Águas – sem dúvida alguma uma das melhores opções de hospedagem da Chapada. É extremamente confortável, com uma infra-estrutura bem completa, uma decoração para lá de simpática, funcionários atenciosos e com uma gastronomia de tirar o chapéu. Para completar, o hotel está localizado a poucos metros do centro, ao lado do Rio Lençóis. Os proprietários não poderiam ter escolhido nome melhor, visto que aquele barulhinho de água correndo é uma constante quando estamos na piscina ou quando vamos descansar –   obviamente, se você tiver sorte de estar em um dos apartamentos com vista para o rio (altamente recomendável).

Nos dois primeiros dias, optamos por fazer passeios para cachoeiras bem próximas ao centro de Lençóis, com caminhadas que variam entre 40min e 1h30. Conhecemos a Cachoeira do Rio Serrano e a Cachoeira do Ribeirão do Meio, a qual tem como atrativo especial uma espécie de escorregador natural, que a criançada não cansa de descer.

Já no terceiro dia, escolhemos fazer um passeio de dia todo, em que visitamos a Gruta da Lapa Doce, Pratinha e o Morro do Pai Inácio. Logo cedo, nosso guia nos pegou no hotel e rumamos para a Gruta da Lapa Doce, em uma aventura que entraríamos em uma gruta com lanternas para explora seu interior e conhecer as diferentes formações de estalactites e estalagmites.

 

Na Pratinha, uma piscina natural belíssima, transparente e lotada de pequenos peixes, a criançada curtiu para valer e ainda tivemos a opção de fazer Tirolesa, mergulho com snorkel (acima de 10 anos) e visitar a Gruta Azul, que em determinado horário tem a incidência de raios solares que entram por uma fenda. É de tirar o folego!

De lá rumamos para o Morro do Pai Inácio, cartão postal da Chapada Diamantina. O local é cheio de lendas, sobre as quais seu guia com certeza irá falar durante uma caminhada pelo platô, que deixa  qualquer um totalmente boquiaberto com a vista deslumbrante ao seu redor.

No dia seguinte conhecemos a Cachoeira do Mosquito. O acesso ainda é um pouco complicado, íngreme e escorregadio, mas estão realizando obras para que e em breve se torne mais  tranquilo. Complicações de acesso à parte, vale a visita.

Guardamos para o último dia uma visita à região onde fica o Poço Encantado e o Poço Azul, dois dos maiores atrativos da região.

Saímos cedinho do hotel e fomos direto para o Poço Azul, onde é permitido nadar. Então lá fomos nós, com nosso equipamento de mergulho fornecido localmente, banhar-se na mais cristalina água que já vimos na vida. A profundidade gira em torno de 18 metros, mas a água é tão transparente que, de acordo com as sábias palavras de minha amiga, parecia que estávamos voando.

Enquanto apreciávamos nosso mergulho naquele lugar azul inigualável, nosso guia ainda informava que aquele não era ainda a melhor época para visitar o poço, que ainda podia ser mais belo. Será que era possível?

Como no Poço Encantado só permitem a descida de crianças maiores de 12 anos, optamos por não fazer o passeio dessa vez. Não se pode nadar neste poço, mas dizem que a visão é de arrasar!

Bom, já que dizem que não fomos na melhor época e não conhecemos o Poço Encantado, ainda existem pelo menos mais umas dez opções de passeios que não tivemos tempo de fazer. Outra coisa: descobrimos que não podemos mais sobreviver sem a tapioca e o bolo de mandioca do café da manhã do Canto das Águas! Só nos resta voltar.

E as crianças?

Já no desembarque em São Paulo perguntaram quando iremos voltar e só falam nessa aventura, no paraíso das cachoeiras, como do filme infantil “UP – Altas Aventuras”!

Qualquer semelhança com o local não será mera coincidência, será?

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Estive lá – Patagônia Argentina Andina: Parque Nacional Los Glaciares

janeiro 17, 2012 in Estive Lá, Todos os Posts

Por Natália Viana.

Parque Nacional Los Glaciares: Declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1981, o segundo maior parque nacional da Argentina, com seus 13 mil km² de extensão dominados por centenas de geleiras e alguns dos mais belos cumes andinos, é dividido em três zonas: a zona central, localizada entre os lagos Argentino e Viedma, é onde está o maior glacial da América do Sul, o Glaciar Upsala; a zona sul, próxima ao Lago Argentino, é onde se encontra o Glaciar Perito Moreno, a mais famosa e espetacular geleira do continente; e a zona norte do Parque corresponde à região do Cerro Fitz Roy, muito procurada pelos amantes de trekking e escalada. As zonas sul e central do Parque têm como cidade-base El Calafate e, a zona sul, El Chaltén Read the rest of this entry →

Estive Lá – Atacama: Difícil imaginar que um deserto pode ser colorido? Pois acredite, ele é!

janeiro 4, 2012 in Estive Lá, Todos os Posts

Por Claudine Blanco

Eu estive no Deserto do Atacama – no Norte do Chile – em fevereiro, mês de verão, com mais três amigas, em mais uma de nossas aventuras mundo a fora. É um destino bom para ir o ano todo e é uma viagem que dá para fazer em poucos dias (no mínimo 4), mas que com certeza vai pedir um replay, pois o Atacama oferece uma infinidade de opções de passeios. Então, se você quiser ficar por lá dez dias, durante todo esse período terá coisas diferentes e interessantes para fazer.

Tinha idéia de que seria uma viagem maravilhosa, pois já havia recebido muitos feedbacks de clientes que voltaram encantados, mas confesso que fui completamente surpreendida. O deserto mostrou-se infinitamente mais belo e colorido do que eu imaginara.

Logo que chegamos ao aeroporto de Calama, nosso guia estava à espera para iniciarmos o trajeto até San Pedro de Atacama (aproximadamente 1 hora de viagem – 100km), nossa cidadela-base para conhecer o Deserto. Como teríamos apenas cinco dias de viagem, chegando a San Pedro, passamos no nosso hotel, o Explora, apenas para deixar as malas e já saímos para nosso primeiro passeio, um city tour guiado.

Os passeios no Atacama dividem-se em duas categorias, half day (meio dia) e full day (dia todo). Como teríamos pouco tempo de viagem, nos dias em que optamos por fazer passeios half day, escolhemos dois por dia, para poder aproveitar ao máximo.

Como alguns passeios vão para locais muito altos, optamos por começar com alguns mais tranquilos, sem bruscas variações de altitude, para podermos nos ambientar e não sofrer o “soroche” (mal da altitude).

 

Ainda no primeiro dia, após o city tour, seguimos para o Salar de Atacama…

…onde está a Reserva Nacional los Flamencos, área protegida que apresenta enormes blocos de sal e lagoas salgadas repletas de flamingos – aliás, lá é onde eles se encontram em maior concentração no Deserto. (leia aqui post sobre a melhor época para avistar os flamingos)

Na sequência, contemplamos indiscutivelmente um dos mais lindos pores-do-sol que eu já presenciei. Diante daquela paisagem deslumbrante, as cores foram surgindo à minha frente, do mais tenro lilás até chegar ao laranja-avermelhado do sol, sempre em contraste com aquele céu azul imenso e tão próximo de nós. Pensei: “Nossa… Essa viagem vai ser incrível!”

 

No dia seguinte, pela manhã, fomos conhecer o Valle de la Muerte:

Pela manhã saímos com a van do hotel até a parte mais alta do vale, onde desembarcamos e começamos nossa caminhada pelo platô. Nem preciso dizer que a paisagem era de tirar o fôlego: em cima daquele abismo o céu parecia mais próximo ainda e era admirável ver aquelas formações que a natureza se encarregou de providenciar. Quando chegamos ao final do platô, já me preparava para voltar pelo mesmo caminho, quando nosso guia apontou para baixo e comunicou – Desceremos por aqui! – Olhei para abaixo e a altura era de mais ou menos uns 10 andares. Pensei, “vamos lá…”, torcendo para não rolar pelas dunas de areia.

À tarde, optamos por fazer um passeio a cavalo, que passava próximo ao centro da pequena cidade. Confesso que cavalos não são o meu forte… Mas a paisagem compensou o sacrifício!

 

À noite…

…uma das coisas mais legais que podemos fazer no Deserto do Atacama é observar o céu, considerado um dos mais límpidos do mundo. Na cidade são oferecidas opções de tours de observação astronômica, mas no hotel Explora dispomos de seu observatório próprio, exclusivo para os hóspedes. É possível observar crateras na Lua, os anéis de Saturno, acúmulo de estrelas, galáxias e outras maravilhas do universo.

 

No terceiro dia, conhecemos o Salar de Tara:

Esse é um passeio full day, que chega a uma altitude aproximada de 4.700m. A primeira parte do caminho é toda asfaltada e com paisagens belíssimas. São impressionantes os tons de areia que, mais uma vez contrastando com o céu azul, colorem esse deserto, com a imagem de um imponente vulcão ao fundo.

Um fato interessante sobre San Pedro de Atacama é que de todos os lugares que você estiver pode avistar o Licancabur, um vulcão considerado semi-ativo, que tem quase 6.000m de altura, com o pico nevado, onde os amantes de trekking podem subir (são 2 dias de caminhada).

Chegamos à parte de terra e passamos por mais paisagens deslumbrantes, até chegar à beira de uma lagoa bem rasa, tomada por tons de verde. Enquanto avistávamos alguns flamingos e vicunhas, nosso guia nos serviu um dos mais charmosos almoços que já tive – regado, obviamente, a um excelente vinho chileno.

 

No quarto dia, pela manhã, optamos por fazer um mini trekking em Guatin

…uma trilha em meio a cactos gigantes, que margeiam um pequeno riacho. É considerada de nível médio, porque tem alguns trechos que são um pouco complicados de passar, tendo inclusive que tirar os sapatos para realizar algumas partes da travessia por água.

 

 

 

Na volta, passamos pelas Termas de Puritama:

Lá pudemos nos banhar nas tão famosas “águas calientes”, com direito a um piquenique na hora do almoço.

À tarde, dando continuidade a nossa diversão aquática, só que dessa vez em “águas não tão calientes”, fomos conhecer a Laguna Cejar, que é tão salgada que não se pode afundar nela, como no mar morto. Parecíamos crianças!

Nessa noite, optamos por jantar na cidade e conhecer o tão famoso Café Adobe, parada obrigatória para quem visita San Pedro de Atacama.

 

No último dia não poderíamos deixar de conhecer os Geisers del Tatio:

Esse é o mais distante da cidade e o mais cansativo, pois temos que sair de madrugada para chegar lá antes do nascer do sol, para podermos ter a melhor vista dos jatos d’água que atingem maior altura neste horário.

Quando chegamos lá tinha acabado de parar de nevar. Imagine o que não era aquela paisagem, toda coberta de neve, com aquelas nuvens de vapor em meio a pequenas piscinas que esguichavam aquele jato quente. Difícil descrever a particularidade do lugar e o frio que eu sentia. Mais difícil ainda acreditar, é que houve pessoas que foram capazes de tirar a roupa e entrar em umas das piscinas termais permitidas para banho.

Uma coisa bem engraçada é que enquanto nos dirigíamos a umas das várias passarelas que podemos transitar pelos gêiseres, vejo nosso guia colocar algumas garrafas dentro de uma dessas piscinas. Na volta ele retirou essas garrafas e, enquanto eu tentava me aquecer, torcendo para não congelar a ponta dos meus dedos, ele as abriu e nos serviu um chocolate quente (aquecido pelas águas termais!), que eu quase chorei de alegria ao tomar.

 

De volta à cidade…

…no caminho paramos para conhecer um povoado chamado Machuca, parada obrigatória para quem tem interesse em conhecer os hábitos e costumes das 40 famílias que vivem ali.

De volta ao hotel, já começou a bater aquela tristeza, pois a viagem estava chegando ao fim e ainda havia tantos passeios a fazer… Então estava decido, eu iria voltar em breve!

Deserto do Atacama é o tipo do lugar que nos surpreende e nos encanta. Aquele que quando agente volta para casa quer contar para todos os amigos, mostrar as milhares de fotos e convencer todo mundo a mudar o próximo destino de férias, porque é simplesmente extraordinário.

 

Para informações sobre pacotes de viagem para o Atacama acesse:

http://www.viabrturismo.com.br/pacotesinternacionais/chile/desertodoatacama.shtml